Festival de Música Estoril/Lisboa anima até Dezembro

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O 47º Festival de Música Estoril/Lisboa começou no passado dia 25 de junho e irá prolongar-se ao longo do ano, mais concretamente até ao dia 18 de dezembro.

José Piñeiro Nagy será o diretor-artístico, e nesta edição vão ser marcadas várias efemérides, tais como o 5º centenário da morte do Rei D. Manuel I, a viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães, os 75 anos da morte do compositor espanhol Manuel de Falla.

Na apresentação da programação, o diretor-artístico afirmou que a figura principal do festival é D. Manuel I, mas ainda serão destacados Nuno Côrte-Real, Tiago Derriça e Gil Vicente, o “pai” do teatro português.

Destes autores podemos ver uma versão de “Magnificat”, produzida por Nuno Côrte-Real e dedicada ao monarca, e uma obra baseada no “Auto da Alma”, de Gil Vicente, e produzida por Tiago Derriça.

Nagy disse ainda que a 26 de novembro estreia o “Requiem pelo Venturoso”, na igreja do Mosteiro dos Jerónimos, apresentado por um conjunto instrumental dirigido pelo maestro José Pedro Bruto da Costa.

Recorde-se que “Venturoso” era o cognome do Rei D. Manuel I e a obra apresenta a “reconstrução musical da Missa de Requiem, aquando da transladação do corpo do rei para a nova Capela-Mor dos Jerónimos, a mando de D. Sebastião, e que pode de certo modo, sintetizar o espírito da 47ª Edição do Festival”, afirma Nagy.

Também dedicado ao monarca, Tiago Derriça prepara um concerto para ser apresentado a 3 de dezembro, na Igreja dos Jerónimos.

O festival apresenta ainda as estreias de “Te Lucis ante terminum” e “Imno Sacro”, de Alberto Colla, “O Magnum Ministerium”, de Vito Zuraj e “Veni Creator”, de Gabriel Erkoreka.

Em termos de música, no mês de julho, depois da apresentação da Orquestra Gulbenkian, vão ainda passar pelos vários palcos, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, o Coro Gulbenkian, a Capella de São Vicente, os grupos da Escola Superior de Música de Lisboa, o Duo In Harmony e o Coro Infantil do Instituto Gregoriano de Lisboa.

O Festival, este ano, decorre em vários palcos como o Hotel Palácio (Estoril) e Casas da Gandarinha – Centro Cultural de Cascais, e ainda na Igreja de S. Roque, Teatro S. Carlos, Sé Patriecal, Igreja S. Vicente de Fora, o Convento dos Cardais e a Escola Secundária Camões, todos em Lisboa.