Foi inaugurado recentemente o novo sino da Igreja da Misericórdia de Cascais, que recebe obras de beneficiação no âmbito da requalificação do Largo da Misericórdia.
Era uma obra há muito esperada, pois o antigo sino não tinha “um som à altura da Igreja”, como referiu Célia Mateus, adjunta do Presidente da Câmara Municipal de Cascais.
Segundo a mesma fonte, o anterior sino era “mais simbólico”, enquanto que o novo “está mais de acordo com o que a Igreja vai ser após as obras de reabilitação”.
Os objetos metálicos ou de madeira cujo som servia para anunciar festas e chamar as pessoas, só começaram a ser autorizados no séc.IV, e a Igreja foi uma das primeiras a utilizá-los.
Depois da Misericórdia, as “casas de culto” passaram a ter sinos para anunciar aos fiéis acontecimentos importantes, alegres ou tristes; a forma de tocar também tem o seu significado, sendo o toque repicado ou repenicado o mais festivo.
Existem ainda a simples badalada, O dobrar, o toque picado e o toque encadeado, que mesmo nas cidades não passa despercebido.
Na festa de inauguração esteve presente também Isabel Miguéns de Almeida Bouças, Provedora da Santa Casa da Misericórdia, que referiu que “é um privilégio assistir a estas obras de requalificação da Igreja; é bom voltar a ouvir o sino numa das zonas mais antigas da Vila de Cascais”.
O anterior sino, que datava do séc.XVIII e que foi colocado durante as obras da requalificação da Igreja, após o terramoto de 1755 a ter destruído, vai agora ocupar um lugar no novo espaço museológico da Santa Casa da Misericórdia.
Apesar das obras, a Igreja da Misericórdia vai conservar o seu espólio de arte sacra e assim preservar a história do atual edificado, beneficiando todos os cascalenses que poderão ficar a conhecer um pouco da história do concelho e dos monumentos que o marcam.
A Igreja da Misericórdia de Cascais é constituída pelo templo, de planta longitudinal e pela sacristia anexa, local onde anteriormente se situava a Ermida de Santo André; da fachada do lado Sul podemos ver o pátio da antiga casa do capelão, a farmácia, o celeiro e o primitivo Hospital, edifícios que completam o novo Largo da Misericórdia.
