Uma mulher acusou um padre de Cascais, João Cândido da Silva, de a violar e tentar comprar o seu silêncio. Segundo a CNN Portugal, que avança o caso, ‘Maria’ [nome fictício] e o alegado agressor, João Cândido da Silva, eram amigos de longa data, reencontraram-se numa confissão e iniciaram um caso amoroso.
O homem, capelão do hospital de Alcoitão, terá depois violado a mulher, que apresentou queixa na GNR e teve de ser assistida no hospital.
Segundo conta a vítima, viúva, em declarações à CNN Portugal, o caso entre ambos iniciou-se quando se foi confessar, no final do ano passado. Os encontros ocorriam na Capela da Ressurreição, em Cascais, e terão ocorrido entre finais do ano passado e inícios de 2022.
A mulher acusa o Padre João Cândido da Silva de a ter agredido a 23 de junho deste ano e não ter acatado os pedidos para que parasse. “Ele quis sexo à bruta, queria que eu fosse a escrava sexual dele. Bateu-me, deixou-me toda negra. Eu gritava para ele parar — ‘Pára, João! Pára, João!’ — e ele não parou”, recorda.
A mulher conduziu até casa e um vizinho terá chamado uma ambulância. Garante ainda que os exames feitos no hospital constam do processo.
‘Maria’, revela ainda, terá sido confrontada pelo padre, quando este soube da queixa. A mulher garante que este lhe ofereceu 300 euros em troca de silêncio e que terá pedido perdão.
Ainda à CNN Portugal, a mulher afirma que D. Manuel Clemente terá pedido para não contar o sucedido “às televisões”.
À TVI, o Patriarcado de Lisboa refere que “não foi pedida nenhuma ocultação” do caso. O Patriarcado de Lisboa anunciou o afastamento do padre depois de ter recebido a denúncia sobre um “possível crime de violação” praticado pelo sacerdote num comunicado de imprensa. O comunicado, indicava ter comunicado o caso “às autoridades civis competentes” e sublinhava não se tratar de um crime contra um menor de idade. “Ouvida a vítima e o sacerdote”, o Patriarcado de Lisboa “decidiu dar início aos procedimentos canónicos previstos para este tipo de casos e afastou o padre de todas as suas funções até ao apuramento dos factos”, pode ler-se.
Imagem: Frame de Vídeo/CNN Portugal