Coordenador da vacinação confia na conclusão do processo em 100 dias

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O Centro de Vacinação da Torre-Cascais | Foto: arquivo

Penha-Gonçalves, coordenador do plano de vacinação contra a covid-19 reiterou a sua confiança na conclusão em 100 dias da primeira fase do processo conjunto com a vacina sazonal da gripe, que esta quarta-feira arrancou em Portugal.

“As pessoas perceberam que a vacina é o único modo que temos de conseguir conviver com este vírus e fazer a nossa vida normal. As pessoas que vamos vacinar nos próximos três meses são pessoas que podem ter uma doença grave se forem infetadas, podem ter de ser hospitalizadas e podem ter um desfecho fatal da sua infeção, portanto, é importante que continuem a perceber isso”, afirmou o coronel Penha-Gonçalves.

Em declarações à comunicação social no centro de vacinação de Carnaxide, em Oeiras, o responsável pelo plano de vacinação lembrou que “é um processo que tem de ser continuado” e que as questões logísticas e organizacionais são agora mais fáceis, perante o capital de experiência acumulado ao longo dos últimos dois anos.

“O processo é muito mais simples de montar, as pessoas têm mais experiência e o sistema de cuidados primários tem mais confiança naquilo que estamos a fazer, na capacidade que temos para o fazer e na possibilidade de fazer tendo o menor impacto possível noutras atividades dos cuidados primários”, frisou, reforçando que o desafio foi “gizar um sistema que tivesse o menor impacto possível naquilo que são as outras atividades dos cuidados primários”.

Sem querer fazer um balanço do primeiro dia da nova campanha de vacinação, Penha-Gonçalves fez questão de enfatizar que Portugal foi dos primeiros países a receber as novas vacinas adaptadas à variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 e revelou capacidade para iniciar a administração apenas dois dias após a chegada das doses ao território nacional. O sistema foi concebido nesta fase para vacinar cerca de três milhões de pessoas, com o coordenador do plano a assegurar que existem vacinas suficientes para todos.

“Temos previsto chegar este mês cerca de 2,5 milhões de vacinas. Para a semana chegam mais 600 mil, depois hão de chegar mais 600 mil, depois outras tantas… Portanto, vamos ter vacinas suficientes e em tempo útil para podermos vacinar estas pessoas. O desafio desta campanha é vacinar as pessoas em tempo útil e isso é antes de começar o próximo pico no inverno. Temos de proteger estas pessoas que estão em maior risco”, frisou.

O processo de vacinação agora iniciado arranca em cerca de uma dezena de pontos de vacinação de norte a sul de Portugal continental e deve ser alargado a mais centros durante os próximos dias, com uma previsão de 200 mil pessoas vacinadas por semana até 17 de dezembro – o prazo estimado pelo coronel Penha-Gonçalves para a conclusão desta fase.

Os primeiros a ser chamados à vacinação serão os maiores de 80 anos com comorbilidades, um processo que vai decorrer novamente de forma escalonada, por faixas etárias, avançando à medida que se esgotem os agendamentos na faixa etária mais elevada.

São elegíveis para serem vacinadas as pessoas com 60 ou mais anos de idade, os residentes e profissionais dos lares de idosos e da rede nacional de cuidados continuados, as pessoas a partir dos 12 anos com doenças de risco, as grávidas com 18 ou mais anos e doenças definidas pela Direção-Geral da Saúde e os profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados.