O Centro Cultural de Cascais recebe até ao dia 8 de janeiro de 2023 a exposição
“Margaret Watkins – Black Light”, que mostra 136 fotos e fotomontagens da famosa fotógrafa canadiana, tiradas entre 1914 e 1939.
Para além das “chapas” de Watkins, a mesma exposição tem documentos, objetos, uma máquina fotografica do início do século passado e um docufilme sobre a fotografa.
Nascida na cidade canadiana de Hamilton (Canadá) em 1884, Margaret Watkins
que desvalorizava o seu trabalho como fotografa, tem uma “visão” da sua morte e
entrega ao seu amigo e vizinho Joseph Mulholland uma caixa lacrada que só podia
ser aberta depois de falecer.
Assim que tal aconteceu, Mulholland abriu a caixa que continha todas as fotogradias de Watkins com os negativos, para que pudessem realizar todas as cópias que quisessem.
Apesar de algo tardio, o reconhecimento de Margaret Watkins como uma das pioneiras da fotografia já é um dado concreto, figurando agora ao lado de nomes como os de Clarence White, Gertrude Kasebier, Alice Boughton, Margaret Bourke-White, Alfred Stieglitz e Georgia O’Keeffe.
Segundo a CM Cascais, as imagens de Watkins são “uma valiosa contribuição para a evolução da linguagem fotográfica no início do século passado, ao encarar o ato de fotografar não como um simples substituto da pintura, mas como um verdadeiro instrumento de expressão artística”.
Já para a curadora da exposição, Anne Morin, “o estilo modernista de Watkins sugere a sua capacidade de antecipar as grandes revoluções estéticas e conceptuais que viriam depois; na sua fotografia é estabelecido um dialogo incessante entre arte e vida doméstica, fundindo tema e objeto na mesma coisa, conceito que utilizaria ao longo da carreira, tanto no trabalho pessoal, quanto nos trabalhos publicitários para agências como a Reimers, o grupo editorial Conde Nast e revistas como Ladies Home Journal and Country, entre outras”.
Esta exposição foi organizada pela Câmara Municipal de Cascais e a Fundação D. Luís I, e integrada no programa Bairro dos Museus.
