O município de Cascais vai integrar o processo de prevenção e contenção dos riscos associados aos fenómenos naturais extremos, que se vão tornar mais intensos e frequentes devido às alterações climáticas, como aconteceu na passada semana na Área da Grande Lisboa.
O concelho vai poder contar com dois projetos inovadores de alerta para fenómenos naturais extremos como ondas de calor e de frio ou riscos de cheias e deslizamento de terras.
“O território tem que estar preparado para prevenir e mitigar a ocorrência de fenómenos naturais extremos. Há várias maneiras de nos preparamos que passa por várias dimensões como a adaptação do território para os impactos”, salientou Joana Balsemão, vereadora com o pelouro do Ambiente da Câmara de Cascais, no decorrer de uma reunião de trabalho.
“Muito já se tem feito no concelho para promover essa adaptação do território, como sejam a renaturalização das ribeiras que no caso de chuvas intensas provocará menos impacto nas zonas urbanizadas”, acrescentou a autarca, destacando que “outras das formas de nos prepararmos é através da operacionalização de medidas de limpeza e de ações de informação e sensibilização da população”.
A autarca a grande importância, de uma previsão atempada da ocorrência destes fenómenos extremos, através do recurso às novas plataformas de tecnológicas.
“Saber quando, onde e como vão ocorrer esses fenómenos naturais é de extrema utilidade para acionarmos os mecanismos de prevenção e podermos delinear planos de ação com o apoio de vários setores e departamentos da Câmara de Cascais em estreita articulação com a Proteção Civil”, adiantou a vereadora, destacando a importância das novas tecnologias, para dar respostas, com uma dimensão local.
Segundo apurou o NOTÍCIAS DE CASCAIS, um dos dos projetos, fruto de uma parceria do Município de Cascais com a CoLAB + Atlântico – uma Associação sem fins lucrativos, é o +Coast. Utilizando as novas tecnologias e a inteligência artificial o sistema de alertas apresenta-se como eficiente e rigoroso e pode ser ajustado às necessidades locais, segundo a autarquia de Cascais.
No caso de uma onda de calor ou de frio, é possível prevê-la com uma antecedência de 48 horas e medir o seu impacto com uma precisão de 250 metros, o que permitirá às autoridades agir em consonância e prevenir possíveis danos na saúde das pessoas mais frágeis e suscetíveis às alterações térmicas, de acordo com as informações disponíveis para o local onde residem.
Outro dos projetos resulta de uma pareceria com a 2ADAPT que coloca o desenvolvimento tecnológico ao serviço de novas ferramentas que permitem criar alertas para fenómenos naturais extremos e suas consequências como cheias e deslizamento de terras.
Imagem: CMC