Estoril Praia vai contestar o jogo ocorrido em Chaves no domingo

11
Estoril Praia vai contestar o jogo

O Estoril Praia reafirmou hoje a sua intenção de tomar medidas legais para contestar o jogo da 30ª jornada da I Liga de futebol, ocorrido em Chaves no domingo, e solicitou ação decisiva contra os infratores.

“Alguns dos nossos jogadores estão a receber mensagens muito graves. Estas mensagens já foram reportadas às autoridades competentes, pois o Estoril não tolerará mais ataques aos seus jogadores. Vamos tomar medidas legais contra qualquer pessoa que ataque os nossos jogadores, independentemente da origem desses ataques”, afirmou o presidente da SAD do Estoril, Ignacio Beristain.

O dirigente máximo do clube apresentou-se numa conferência de imprensa acompanhado por toda a equipa e levantou questões relevantes sobre a decisão do árbitro Nuno Almeida em continuar o jogo após uma invasão de campo que resultou em confrontos entre adeptos do Desportivo de Chaves e jogadores do Estoril Praia.

“O que teria acontecido se algum desses invasores tivesse uma faca? E se mais jogadores do Estoril tivessem sido agredidos? Teriam que se defender em legítima defesa e seriam expulsos, deixando o Estoril sem jogadores suficientes para terminar o jogo? O Estoril então teria perdido o jogo? E se o árbitro ou o delegado da Liga tivessem sido agredidos? O jogo deveria continuar?”, questionou Beristain.

O presidente da SAD do Estoril anunciou ainda que, além de contestar o jogo da 30ª jornada da I Liga, o clube vai recorrer das expulsões de Marcelo Carné e Pedro Álvaro, pedindo a despenalização dos dois jogadores.

“Não houve provocação. Além de perdermos pontos em Chaves, também corremos o risco de perder jogadores importantes para o resto do campeonato. Já planeámos a nossa defesa, pois consideramos que os nossos jogadores reagiram como reagiram apenas em legítima defesa, num momento de confusão e pânico”, defendeu Beristain.

O dirigente exigiu medidas decisivas e uma posição clara das entidades responsáveis pelo futebol português, especialmente do presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Pedro Proença.

“Pedro Proença e o futebol português têm que decidir qual é a sua posição sobre estes episódios e quando e como vão tomar essa decisão. Este não é apenas um problema do Estoril, é um episódio muito grave para o futebol português”, concluiu.

Fonte: Lusa