Crianças e jovens estrangeiros que entrem em Portugal não acompanhados terão, a partir de julho, uma casa de acolhimento de emergência para que não fiquem na rua e possam escolher um futuro, segundo um protocolo assinado esta quinta-feira em Lisboa.
A Casa de Acolhimento com Unidade Residencial, dedicada a situações de emergência, partiu da reconversão de uma estrutura da Casa Pia, localizada em Cascais, e albergará até ao máximo de 12 crianças e jovens, durante um período curto, desde a chegada ao país e a análise da situação e do perfil de cada um por uma equipa multidisciplinar de 12 técnicos, que os encaminharão depois para outra solução mais adequada.
Entre setembro de 2023 e esta quarta-feira, foram sinalizados 195 crianças e jovens não acompanhados, oriundos de zonas de conflitos, muitos indocumentados e grande parte com idades superiores a 15 anos, o que torna mais difícil confirmar as idades e as histórias que trazem na bagagem.
Este sistema de proteção decorre até aos 21 anos, mas na fase final já é suposto que o jovem esteja a trabalhar ou a estudar e próximo de conseguir a sua autonomia.