Guardas-prisionais em greve até 28 de fevereiro

6
Imagem: Postal do Algarve

Os guardas da prisão do Linhó, em Cascais, estão em greve total por mais condições de segurança, num protesto que pode prolongar-se até 28 de fevereiro.

Na origem da greve, convocada pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), está a «contínua falta de condições de segurança no Estabelecimento Prisional do Linhó, como as agressões a elementos do Corpo da Guarda Prisional comprovam» e a «não resolução de problemas elencados na última reunião» entre os responsáveis do SNCGP, da Direção-Geral de Reinserção e dos Serviços Prisionais (DGRSP) e da prisão.

A paralisação sucede a outra que decorreu entre 6 de dezembro de 2024 e 10 de janeiro e que, segundo a Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso (APAR), implicou que os presos permanecessem fechados diariamente nas celas durante 23 horas, sem possibilidade de ter aulas ou de trabalhar.

Em comunicado, a APAR adianta estar a preparar uma queixa formal no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
O presidente do SNCGP, Frederico Morais, revelou à Lusa que foi agendada para segunda-feira uma nova reunião na DGRSP para «se tentar chegar a um consenso» e «desconvocar a greve», de modo a que a situação na prisão do Linhó volte «à normalidade».

No início de janeiro, o dirigente sindical admitira que a paralisação poderia continuar além de 28 de fevereiro, caso a situação no estabelecimento prisional não se alterasse.