A coligação PSD/CDS-PP perdeu, a maioria absoluta em Cascais, após seis mandatos seguidos, recebendo menos votos em relação a 2021, tal como o PS, enquanto o independente José Maria Jonet ultrapassou o Chega.
Segundo os resultados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a candidatura Viva Cascais (PSD/CDS-PP), liderada por Nuno Piteira Lopes, conseguiu para a câmara municipal 30.258 votos (33,84%), com cinco eleitos, enquanto no anterior sufrágio Carlos Carreiras teve 41.962 votos (52,55%), e sete mandatos.
O atual vice-presidente da autarquia sucede ao presidente, que não se pôde recandidatar por ter atingido o limite de mandatos, mas sem a maioria absoluta alcançada nas anteriores seis eleições, desde 2001, num ciclo iniciado por António Capucho e prosseguido por Carreiras.
Além de Piteira Lopes, foram eleitos pela Viva Cascais para a câmara Luís Capão, Ana Coimbra, António Morais Soares e Frederico Nunes, o atual presidente da Assembleia Municipal, Pedro Mota Soares (CDS-PP) foi reeleito, e a coligação venceu em todas as freguesias do concelho.
A candidatura do PS obteve 14.460 votos (16,17%), em vez dos anteriores 17.265 votos (21,62%), em coligação com Livre e PAN, passando de três para dois eleitos no executivo, João Ruivo e Alexandra Carvalho.
No terceiro lugar ficou o independente João Maria Jonet, que se desfiliou do PSD, e conseguiu 13.203 votos (14,77%), com dois eleitos, o próprio e António Castro Henriques, ficando à frente do Chega, com 12.954 votos (14,49%), apesar de ter duplicado a votação anterior de 5.927 votos (7,42%).
O Chega fica agora com mais um vereador, juntando-se Pedro Teodoro dos Santos a João Rodrigues dos Santos.
De fora do executivo ficaram a Iniciativa Liberal, que obteve 5.726 votos (6,40%), mais do que os 3.469 votos (4,34%) anteriores, BE/Livre/PAN com 3.979 votos (4,45%), em vez dos 2.0919 votos (3,66%), quando bloquistas se apresentaram sozinhos, e CDU (PCP/PEV), que baixou para 3.494 votos (3,91%), com menos 810 votos.
O independente António Pinto Pereira, com o apoio da Nova Direita e Nós, Cidadãos!, recolheu 2.653 votos (2,97%) e o ADN teve 270 votos (0,30%), num universo 89.405 votantes (50,08%), em 178.529 inscritos.
Para a Assembleia Municipal, PSD/CDS-PP obtiveram 12 mandatos, PS seis, Chega e Jonet cinco cada, IL dois, e BE/Livre/PAN, CDU e Pinto Pereira um cada.
Durante a campanha eleitoral, Nuno Piteira Lopes recusou à Lusa que se não conseguisse manter a maioria absoluta isso fosse “uma derrota pessoal” e, apesar de convencido que a alcançaria, assegurou que iria convidar os outros eleitos para assumirem competências no executivo.