Manuel Vieira: «Está a ser feito tudo aquilo que pode ser feito»

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Manuel Vieira, secretário-geral adjunto do Sistema de Segurança Interna, deu este domingo uma conferência de Imprensa na sede da instituição, em Lisboa, tendo como único tema a fuga dos cinco homens do Estabelecimento Prisional de Alcoentre.

«Logo nas primeiras horas da notícia desta evasão todos os elementos de informação relativos aos evadidos foram inseridos nos diversos sistemas. Existe cooperação internacional não só com Espanha como também com a Europol e outros», afirmou Manuel Vieira, acrescentando: «Estamos confortáveis com a circulação da informação, quer a nível nacional quer internacional. Está a ser feito tudo aquilo que pode ser feito. Dados novos? Não, a ideia que pode haver resultados imediatos é falaciosa.»

Foi explicado que a fuga começou às 9h56 deste sábado, tendo as autoridades se apercebido da mesma apenas 40 minutos depois, na altura em que os reclusos deveriam voltar às celas.

Já o diretor da Polícia Judiciária, Luís Neves, por outro lado, salientou: «A investigação foi organizada a partir de fora, uma organização muito complexa. Estamos a falar de gente muito perigosa, de crime organizado e capacidade financeira. Detetou-se que todos os pormenores foram pensados aos mais ínfimo detalhe.»

Relativamente à perigosidade dos fugitivos, Luís Neves avançou: «O condenado georgiano é o único a quem não é reconhecido um elevado grau de violência.»

O diretor-geral da Reinserção e serviços prisionais, Rui Gonçalves, explicou ainda que está em curso uma investigação. Na altura da fuga havia 33 guardas prisionais no estabelecimento, número habitualmente suficiente.

Foi aberto um processo de inquérito interno, a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção, coordenado pelo Ministério Público.