Centro Cultural recebe primeira grande exposição de Rodney Smith

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A primeira grande exposição em Portugal do fotógrafo norte-americano Rodney Smith (1947-2016), com mais de 100 retratos e paisagens que compõem narrativas visuais, é inaugurada este sábado no Centro Cultural de Cascais.

Intitulada «Rodney Smith – A Alquimia da Luz», a mostra do fotógrafo que se distinguiu pela combinação de surrealismo, humor e rigor estético poderá ser visitada até 25 de maio, indica a organização em comunicado. Iniciativa promovida pela Fundação D. Luís I e pela autarquia, a exposição é inaugurada no âmbito da programação do Bairro dos Museus.

Nascido em Nova Iorque, Rodney Smith «foi influenciado pela pintura de Magritte e pela precisão técnica de Ansel Adams, criando imagens que desafiam a fronteira entre a realidade e a fantasia, em cenários meticulosamente compostos e narrativas visuais cativantes», descreve a organização.

Smith descobriu a fotografia ainda jovem, inspirado pelas visitas à coleção do Museu de Arte Moderna da cidade e estudou na Universidade de Yale, onde teve aulas com Walker Evans e desenvolveu uma linguagem caracterizada pelo uso exclusivo de filme e luz natural, sem retoques digitais.

A sua carreira ganhou projeção internacional a partir dos anos 1980, quando colaborou com publicações como The New York Times, Vanity Fair e W Magazine, além de criar campanhas para marcas de design de moda como Ralph Lauren e Bergdorf Goodman.
Citada no comunicado da fundação, a curadora da exposição, Anne Morin, sublinha que o fotógrafo «foi um verdadeiro engenheiro do tempo perdido».

«Ele media, calculava, pesava tudo para construir, através de um meio que só ele conhecia, a ordem geométrica da imagem perfeita», comentou. O seu legado tem sido preservado e divulgado pela Rodney Smith Estate, instituição norte-americana que continua a guardar e a estudar a sua obra. A exposição «Rodney Smith – A Alquimia da Luz» integra a programação do Centro Cultural de Cascais, que atualmente também acolhe as mostras «página 37», de Tomás Serrão, até 06 de abril, e «Manifestações», de Ana Lima-Netto, até 20 de abril.