Gyökeres, Hader e Trincão deram, este domingo, ao Sporting a primeira ‘dobradinha’ do clube em 23 anos, na vitória na final da Taça de Portugal de futebol sobre o Benfica (3-1), que só se pode queixar de si próprio.
No Estádio Nacional, depois de o turco Kökcü ter dado vantagem aos ‘encarnados’, aos 47 minutos, o sueco Gyökeres, na última jogada do tempo regulamentar, de grande penalidade, refez a igualdade, aos 90+11, e Harder consumou a reviravolta, aos 99. Já nos descontos do prolongamento, aos 120+1, Trincão confirmou a 18.ª Taça dos ‘leões’.
Com justiça, já que foi a equipa mais compacta no tempo regulamentar, o Benfica esteve a segundos de conquistar a Taça, mas Renato Sanches e Leandro Barreiro acabaram por arruinar a tarde para o emblema da Luz.
Sanches fez um penálti escusado sobre Gyökeres, numa jogada que pouco antes já devia ter sido ‘morta’ por Barreiro. O internacional luxemburguês demonstrou uma total falta de experiência, e também inteligência, já que devia ter derrubado Trincão logo no inicio do lance.
Se isso tivesse acontecido, agora o Benfica estaria festejar a conquista da Taça.
O Sporting, que chegou ao Jamor claramente de ‘ressaca’ devido aos excessos nos festejos do bicampeonato durante a semana, aproveitou e acabou por controlar o prolongamento, perante um Benfica completamente desmoralizado.
O técnico Rui Borges acabou por não surpreender no ‘onze’ inicial dos ‘leões’, com o capitão Hjulmand de regresso e St. Juste no lugar do lesionado Diomande, enquanto Bruno Lage lançou de forma inesperada Dahl e Bruma, deixando novamente Di María no banco.
O Sporting até entrou melhor, mas a partir dos 15 minutos o jogo começou a ser dos ‘encarnados’, que praticamente não deixavam os novos campeões saírem do seu meio campo, obrigando ao erro e a passes errados.
Num desses lances, Debast perdeu a bola em zona proibida e só um grande defesa de Rui Silva para o poste impediu o golo de Pavlidis, no primeiro sinal de perigo no jogo.
Seguiu-se novo lance bastante perigoso do avançado grego, que desta vez falhou o alvo, e de Bruma, que ainda fez algum dos adeptos festejarem golo no Jamor.
Só por isso, e pela total desaparecimento do Sporting do jogo, a equipa de Lage merecia ter ido para o intervalo em vantagem.
A segunda parte arrancou praticamente com o golo de Kökcü, com o turco a rematar rasteiro e certeiro de fora de área, num lance em que os jogadores do Sporting ficaram mais preocupados em contestar uma falta inexistente sobre Catamo.
Pouco depois, lance praticamente igual, mas desta vez Carreras derrubou mesmo Trincão, antes de Bruma festejar o que seria o segundo do Benfica.
Como seria de esperar, os ‘encarnados’ baixaram as linhas, à espera sempre de sair em ataques rápidos, enquanto o Sporting passou a ter mais bola.
Contudo, o jogo acabou ter viver várias quebras, como os jogadores do Benfica a ‘abusarem’ de assistência médica, situação que realmente teve impacto no jogo dos ‘leões’.
A equipa de Rui Borges bem rodava a bola, mas não encontrava soluções, com Gyökeres, e não só, muito apagado na partida.
Já depois de Belotti, que tinha rendido Pavlidis, ter ficado perto do segundo golo, Trincão teve nos pés o empate, mas atirou muito fraco frente a Samuel Soares, naquele que parecia ter o lance determinante da final.
Tudo parecia apontado para um triunfo ‘encarnado’, com Barreiro igualmente perto do 2-0, mas o luxemburguês e depois Renato Sanches ‘borraram completamente a pintura’.
No último lance do tempo regulamentar, Trincão arrancou do meio campo, chegou inicialmente a ser puxado por Barreiro, mas o médio desistiu de parar a jogada e o Sporting chegou ao empate.
Já com a bola em Gyökeres, o sueco ultrapassou António Silva e, quando entrava na área, sofreu uma falta escusada de Renato Sanches. Como sempre, o escandinavo foi letal de penálti e tudo seguiu para prolongamento.
Samuel Soares ainda impediu o ‘bis’ de Gyökeres com uma grande defesa, mas o Sporting chegou mesmo ao segundo golo, com Harder a aparecer solto na área e a cabecear certeiro, após centro de Trincão.
A reviravolta estava consumada e agora tinha de ser o Benfica a tentar a igualdade, algo que nunca ficou perto de acontecer.
Lage ainda lançou Di Maria e foi mesmo o argentino que acabou por incomodar Rui Silva, por duas vezes, mas sempre sem dar grande trabalho ao guardião leonino.
Já com o jogo completamente partido, Harder arrancou pela esquerda, deu a Gyökeres, acabando o sueco, à entrada da área, por assistir Trincão para o golo que acabou com qualquer dúvida no clube que iria levantar a Taça de Portugal 2024/25.






