Portugal é vencedor da Liga das Nações pela segunda vez depois de derrotar a Espanha por 5-3 nas grandes penalidades, após um empate a duas bolas no final dos 120 minutos na Arena de Futebol de Munique.
O encontro começou tímido, com ambos os conjuntos a se estudarem mutuamente, com o primeiro golo a surgir somente aos 21 minutos, por intermédio de Zubimendi. A jogada nasce num toque de classe de Oyarzabal, tirando Gonçalo Inácio do lance, e culminou com Lamine Yamal a picar a bola para a área, onde Zubimendi, após um ressalto, num desentendimento entre João Neves e Diogo Costa, rematou para o 0-1.
O empate não pedia melhor golo, com Nuno Mendes a “mandar” o Allianz Arena abaixo, aos 26 minutos, com um autêntico míssil rasteiro. Cristiano Ronaldo trabalhou dentro da área, deixou para Pedro Neto no flanco, que viu a entrada de Mendes e serviu o lateral-esquerdo, que encheu o pé para bater Unai Simón e assinar o 1-1 em Munique. Em cima do intervalo Oyarzabal voltou a colocar a Espanha na frente, levando o marcador a 1-2 para o descanso.
Com novas peças lançadas no xadrez por Roberto Martínez, o tento da igualdade apareceu aos 61 minutos pela autoria do suspeito do costume: Cristiano Ronaldo. Nuno Mendes voltou a sacar um coelho da cartola, quando ultrapassou Lamine Yamal, acelerou e cruzou para o capitão, que perante Cucurrella, desviou ao segundo poste e fez o 2-2, o oitavo da sua conta pessoal nesta Liga das Nações.
A final foi mesmo para prolongamento, onde Nélson Semedo, aos 92 minutos, desviou ao lado da baliza de Unai Simón, após combinação entre Rafael Leão e Nuno Mendes.
Sem mais alterações no marcador, todas as decisões foram para a marca dos onze metros, batida para a baliza onde estavam os adeptos portugueses. Os lusos não vacilaram com Gonçalo Ramos, Vitinha, Bruno Fernandes, Nuno Mendes e Rúben Neves a colocar o esférico no fundo das redes espanholas, com Diogo Costa a defender o quarto da seleção vizinha, a remate de Morata.
Portugal conquista, assim, a segunda Liga das Nações da sua história, depois de 2019, tornando-se na nação mais titulada desta competição.
Cristiano Ronaldo, melhor marcador de sempre de Portugal, saiu depois a coxear perto do final do tempo regulamentar e a primeira oportunidade do prolongamento foi para a Equipa das Quinas, quando Nélson Semedo rematou ao lado a passe do inevitável Nuno Mendes.
E nos penáltis os sete primeiros a rematar abanaram as redes antes de Álvaro Morata ver Diogo Costa defender o seu remate, permitindo a Rúben Neves marcar o penálti decisivo.
Reacções
Nuno Mendes: “Foi uma partida como tantas outras na temporada. Defrontei grandes jogadores, com qualidade técnica, que podem fazer a diferença. Hoje, consegui anular o Yamal e estou feliz por ter ajudado a equipa a conquistar este troféu. É uma questão de consistência. Já fiz muitos bons jogos, e é um reflexo do trabalho que faço individualmente, com o meu clube e com a seleção. Não me lesionei, como antes. Isso é fundamental.”
- Cristiano Ronaldo tornou-se o primeiro jogador com mais de 40 anos a jogar e a marcar na final. O jogador mais velho a participar na final até aqui era Luka Modrić (37 anos e 282 dias contra a Espanha em 2023).
- Bernardo Silva igualou Gianluigi Donnarumma (26) no maior número de jogos na história da Nations League.
Equipas
Portugal: Diogo Costa; João Neves (Nélson Semedo, 46m), Rúben Dias, Gonçalo Inácio (Renato Veiga, 74m), Nuno Mendes; Bernardo Silva (Rafael Leão, 74m), Vitinha; Francisco Conceição (Rúben Neves, 46m), Fernandes, Pedro Neto (Diogo Jota, 106m); Ronaldo (Gonçalo Ramos, 88m)
Espanha: Unai Simón; Mingueza (Pedro Porro 92), Le Normand, Huijsen, Cucurella; Pedri (Isco, 74m), Zubimendi, Fabián Ruiz (Merino, 74m); Yamal (Pino, 106m), Oyarzabal (Morata, 111), Williams (Álex Baena, 92m)
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