O Grupo de Origem Duvidosa (G.O.D.) formado por músicos da terra, provou que o rock corre nas veias de Manique. Com guitarras, atitude em palco e uma energia contagiante, a banda local levou o público num concerto memorável na sua terra natal. Entre temas originais com identidade própria, os G.O.D. mostraram que a sua “origem duvidosa” é, na verdade, a melhor garantia de autenticidade e talento.
Estivemos nas festas de Manique e damos a conhecer este coletivo.
Quem são os G.O.D.?
– Somos um grupo de amigos que se juntou nos anos 80 numa garagem, quando antigamente ainda se juntavam grupos em garagens, e decidimos criar uma banda. Todos nós gostávamos de música, era uma das nossas grandes paixões e que nos trouxe até aqui onde estamos hoje. Com muita dedicação, muito esforço e vontade, é um projeto do nosso tempo livre mas é um projeto para levar a sério, podemos considerar o nosso segundo trabalho.
Fomos ultrapassando os anos com as nossas dificuldades, não só em grupo mas coisas pessoais também, ensaiámos aqui e ali, saltámos de estúdio em estúdio até conseguirmos ter o nosso espaço para termos trabalho para apresentar, nem que seja só para deixar um legado aos nossos netos e trisnetos e a quem nos quiser ouvir, os anos passam e também vão passando por nós.
Porquê G.O.D.?
– Surgiu quando começámos a ir a um estúdio em Odivelas, levávamos o nosso material todo, ensaiávamos a noite inteira, às vezes saíamos de lá de manhã.
De vez em quando fazíamos uns intervalos durante essas horas e numa dessas vezes pensámos que tínhamos de decidir um nome, o Carlos disse Grupo de Origem Duvidosa e para nós fez sentido porque as origens da banda também foram um pouco duvidosas. Ninguém tem formação musical sem ser o Carlos, não foi nenhuma crítica na altura, achámos o nome engraçado.

O que sentem por tocarem na vossa terra?
– É um peso grande, principalmente quando sabemos que não é fácil agradar esta malta, têm umas ideologias musicais diferentes mas estamos ansiosos para começar a tocar, as coisas fluem, ás vezes corre melhor, outras vezes pior mas é normal, faz parte. Divertimo-nos sempre em palco, qualquer músico quer partilhar com as pessoas o que faz, é o que nos traz mais satisfação. O palco é o culminar de tudo.






