A violência marcou os últimos dias o Estabelecimento Prisional do Linhó, em Sintra, com uma agressão a soco de um recluso a um guarda prisional.
O dirigente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Frederico Morais, saiu em defesa do guarda, revelando que a agressão aconteceu quando foi recolher o tabuleiro de almoço à cela. «Mal abriu a porta, o recluso deu-lhe vários socos», relatou o dirigente sindical, adiantando que o guarda sofreu ferimentos na cara e recebeu tratamento hospitalar.
Frederico Morais recorda que já houve onze agressões a guardas naquele estabelecimento prisional desde o início do ano e 20 em todas as prisões do País.
«Tornou-se muito banal bater em guardas prisionais», lamentou Frederico Morais, alertando para a situação preocupante que se vive no Estabelecimento Prisional do Linhó.
O SNCGP, que representa cerca de 3.600 guardas prisionais, cancelou a greve na prisão do Linhó, que decorria desde 2 de julho e iria prolongar-se até dia 31, depois de uma reunião com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, que se comprometeu a responder aos problemas de segurança nas cadeias.
Registe-se que a adesão à greve na cadeia do Linhó foi quase total no primeiro dia, com a garantia dos serviços mínimos, segundo adiantou então fonte sindical.