O edifício será demolido até ao piso zero, uma vez que o estacionamento existente será reaproveitado e transformado num parque de estacionamento público gerido pela autarquia.

No dia em que arrancaram os trabalhos de demolição do edifício inaugurado em 2001, foi dado a conhecer o projeto “ATÓLL”, que ali irá nascer para “renovar e dar uma escala humana à entrada da vila,” como referiu Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais. O autarca sublinhou a consonância do novo projeto, ainda em fase de conclusão de alvará de loteamento, com os valores do município: “a visão arquitetónica de Norman Foster coincide com a nossa estratégia de alterar a entrada nascente da vila de Cascais, reforçando também o nosso compromisso de longa data com a sustentabilidade ambiental.”
Fruto de um investimento de 100 milhões de euros da PRIME, no lugar onde ainda está o CascaisVilla, vão nascer dois novos edifícios de habitação e lojas de proximidade, que vão manter a mesma cota do edifício atual, mas serão desfragmentados e separados permitindo voltar a “assegurar a transição entre o terminal rodoviário e a estação de comboios,” como confirmou o vice-presidente da autarquia.

Projetado pela Foster + Partners, sob a liderança de Norman Foster, o projeto que deverá estar finalizado dentro de três anos, inspira-se em formas orgânicas e materiais naturais de tonalidades quentes e virá contribuir para a revitalização de Cascais e da Avenida Marginal, incluindo a tradicional calçada portuguesa, uma paisagem mais verde com mais árvores e menos carros — com a intenção de reduzir a poluição e redefinir o ambiente urbano.