«Foram muito cobardes!» Assim se refere Kesilley Cristina, irmã do jovem brasileiro morto à facada na passada terça-feira (23/7) num parque de estacionamento junto à praia em Carcavelos.
A irmã de Kildery, que trabalha no bar-restaurante onde a vítima mortal era empregado, revelou que já tinha ido para casa quando o irmão foi esfaqueado. Momentos antes de fechar o expediente, Kessiley teria chamado a atenção dos jovens que estariam a assediar duas clientes e contou ao site brasileiro METRÓPOLES que «um grupo de rapazes assediou duas mulheres e que seu irmão foi pedir para que eles parassem. O meu irmão ligou-me, pediu para chamar um Uber. Ele estava no estacionamento esperando, aí os rapazes continuaram a meter–se com as raparigas, e ele pediu de novo para pararem e os rapazes perguntaram se ele queria ser agredido também e nisso eles deram uma facada nele».
Recorde-se que Kildery Eduardo Ferreira da Silva foi assassinado à facada junto praia de Carcavelos. O brasileiro de 21 anos chegou a ser socorrido por uma equipa de bombeiros, mas morreu ainda no local. Ele trabalhava no restaurante há quatro meses. Kesilley Cristina disse que nem ela e o irmão conheciam os homens que atacaram Kildery.
Suspeito em prisão preventiva
O homem de 23 anos suspeito de matar com recurso a arma branca um cidadão estrangeiro ficou em prisão preventiva, revela a Polícia Judiciária.
Esta força policial referiu, em comunicado, que formalizou a detenção do homem, que foi presente a tribunal, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva. De acordo com a PJ, na sequência de «uma altercação entre dois grupos de jovens, junto da zona de parqueamento automóvel existente em frente à praia de Carcavelos, o suspeito, com recurso a arma branca terá atingido a vítima, um cidadão estrangeiro de 22 anos, na zona torácica, provocando-lhe a morte». «Após a prática do crime, o agressor ausentou-se do local. Todavia, acabou por se apresentar perante autoridades policiais, algumas horas mais tarde», sublinhou ainda fonte da PJ.