Metade dos portugueses não altera prática de atividade física após diagnóstico de hipertensão elevada

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No âmbito das comemorações do “Mês do Coração”, que se assinala durante este mês de maio, a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) divulga os resultados do estudo “Os portugueses e os fatores de risco”, realizado pela GfK Metris em abril passado.

O estudo, baseado numa amostra representativa de 801 indivíduos com 18 ou mais anos, residentes em Portugal Continental, procurou avaliar o nível de conhecimento da população sobre saúde cardiovascular e os principais fatores de risco associados.

De acordo com os resultados, no que diz respeito ao conhecimento dos portugueses sobre a “Hipertensão Arterial”, 48% dos inquiridos afirmam ter sido diagnosticados com hipertensão arterial. Destes, 70% estão a fazer medicação e 69% dizem ter alterado os seus hábitos alimentares. No entanto, apenas 53% referem ter alterado a sua rotina de atividade diária, mantendo 47% o mesmo nível de sedentarismo após o diagnóstico.

Relativamente ao tema “Colesterol”, 35% dos portugueses indicam que o médico detetou valores elevados. Entre estes, 51% iniciaram medicação e, quase todos, afirmam cumprir com o tratamento prescrito. Embora a maioria (68%) assuma ter feito alterações alimentares, 47% não mudaram a sua rotina de atividade física.

O inquérito revela ainda que 29% dos portugueses admite ter excesso de peso (23%) ou obesidade (6%). A maioria (84%) afirma não ser diabética nem apresentar valores elevados de açúcar no sangue. Quanto ao consumo de tabaco, 19% identificam-se como fumadores e 29% como ex-fumadores.

Apesar de 76% dos portugueses reconhecerem que as doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal, os dados indicam uma adesão ainda insuficiente a comportamentos preventivos e a mudanças no estilo de vida.

A FPC reforça que tanto a hipertensão arterial como o colesterol elevado são fatores de risco significativos para as doenças cardiovasculares, e reitera o seu compromisso em promover a educação em saúde, a prevenção ativa e a adoção de estilos de vida mais saudáveis por parte da população.